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sábado, 20 de março de 2010

Sócrates dixit em Braga: "Aqui não há lei da rolha!"


Fui à primeira sessão do Fórum Novas Fronteiras depois da vitória socialista nas legislativas de Setembro passado. Casa cheia, ambiente de algum empolgamento e boa mobilização de um PS acossado pela, como sublinhou José Sócrates no encerramento, "coligação contranatura" PSD/Bloco no Parlamento.
Bom discurso de Jaime Gama, que há muito não descolava do registo institucional e intencionalmente moderado de presidente da AR para se voltar a ouvir como dirigente de referência do PS, e um Sócrates a mostrar estar preparado para enfrentar o próximo líder do PSD, a eleger nas directas da próxima sexta-feira. Passos Coelho ou Rangel? Para o líder socilista, tanto faz. É farinha do mesmo saco.
Na verdade, o secretário-geral do PS já fez o trabalho de casa e demonstrou estar preparado para o embate, seja qual for a opção da maioria dos militantes social-democratas.
Mas, o que pessoalmente mais me tocou foi a ênfase que tanto Gama como Sócrates puseram nessa grande diferença que distingue o PS do PSD: a liberdade de expressão dos seus militantes e o exercício da crítica interna.
Para o presidente da AR, ali estavam os indepedentes e os "pê esses" que "pensam pelas suas próprias cabeças". O líder socialista foi mais directo: "Aqui não há lei da rolha!". O PS, lembrou, sempre soube fazer rimar "liberdade" com "unidade". Mais: internamente, o PS vive "em ambiente de liberdade", convivendo bem com as críticas dos seus militantes, sem que isso ponha em causa o "ambiente de unidade". É necessário "mais do que divergências para quebrar a unidade do PS", afirmou.
"Foi sempre em unidade e com sentido de responsabilidade que enfrentamos os problemas", lembrou Sócrates aos militantes que o ouviam em tempo de eleições internas. Terá sido suficientemente escutado pelos dirigentes socialistas locais que - em número significativo - estiveram no Parque de Exposições de Braga? Alguns não devem ter gostado muito...

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