A ÚLTIMA TRINCHEIRA
Se não for amanhã
quando será?
E se não for nunca, ai,
se nunca há-de ser?
E se não puder, se não puder
nunca ser?
Quem saberá, quem saberá
se um dia há-de ser?
São as noites sem lua,
noites de breu.
São os dias sem
um lugar ao sol.
É a vida passando
os homens esperando
– e se não for nunca, ai
se nunca há-de ser?
Vivemos da força
de em nós já ser.
Adolfo Casais Monteiro
sexta-feira, 12 de março de 2010
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