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Estamos abertos ao debate de ideias. O endereço acima está disponível para quantos, militantes do PS ou simples cidadãos atentos, acham que têm um contributo a dar na gestão da coisa pública na terra que é a nossa por nascimento ou adopção.

sábado, 6 de março de 2010

Porque queremos ganhar em 2013. Chega?

Por consciente influência de um tio-avô que muito estimo – o calendarense Artur Sentieiro de Sousa, que só por problemas de saúde graves não esteve no acto fundador do Partido Socialista, na Alemanha, faz no próximo dia 19 de Abril 37 anos –, tornei-me militante da JS em Setembro de 1974, a poucos dias de completar os meus 15 anos. Foram meus cúmplices, o António Alberto Barbosa e o seu malogrado irmão e meu companheiro de escola primária e liceu, José Henrique, o Acácio Rego da Silva, o Fernando Moniz e o José Manuel Coelho, outro companheiro dos bancos da escola. A JS de Famalicão, com a generosidade de mais um ou outro voluntário para viver por dentro a utopia democrática da revolução socialista, nasceu da nossa iniciativa partilhada.
Olhando para trás, estou comprometido com o PS e o ideário socialista há mais tempo que a grande maioria dos cerca de 3.000 camaradas que no próximo dia 10 de Abril vão eleger a próxima Comissão Política Concelhia de Vila Nova de Famalicão leva de filiação partidária. Mas isso não me dá nenhum estatuto especial ou vantagem. Pelo contrário, só me acrescenta responsabilidades e o dever de levar até às últimas consequências a obrigação estatutária de participar activamente na vida do Partido.
No plano pessoal, encaro, por isso, como absolutamente normal aparecer integrado num colectivo de militantes socialistas de base que se propõe disputar estas eleições, ainda que numa lógica de autonomia em relação a uma estratégia que nos merece sérias reservas e a um camarada que, apesar de pessoalmente muito estimar, se diferencia de mim (e dos restantes camaradas do grupo promotor da candidatura “Fortalecer o PS para ganhar Famalicão”) por, entre outras características, estar há muitos anos na vida política activa e ser o pêndulo da acção do PS em Famalicão há mais de uma vintena de anos. No melhor e no pior…
Não sou nem aventureiro nem suicida e tenho consciência do que politicamente significa esta eleição. Mesmo assim, decidi avançar e procurei mobilizar para esta batalha, pela credibilização e o futuro do PS na nossa terra, alguns dos mais consistentes e capazes quadros que passaram pela JS de Famalicão, no meu tempo (anos 70 e 80 do século passado) e depois. Devo-lhes, por isso, um abraço fraterno, de agradecimento e incentivo.
Sobressaltados pelos maus resultados averbados nas autárquicas de 2009 e não nos revendo na forma como se faz Política no PS Famalicão, em conjunto fizemos uma reflexão quanto ao estado a que a Concelhia chegou e em conjunto decidimos agir.
Porque nenhum de nós quer abdicar dessa condição que nos amarra e liberta que é SER MILITANTE!
Porque nenhum de nós, militante socialista há muitos anos, está para ser confundido com um “sócio” de uma qualquer sociedade recreativa ou grupo excursionista.
Decidimos, por isso, não nos ficarmos pelo diagnóstico que colectivamente fizemos e optamos por apresentar uma candidatura, marcando a nossa autonomia e lançando para debate interno algumas ideias e propostas que resultam da reflexão que fizemos - porque, como salientamos no manifesto que no princípio da semana divulgámos, a pluralidade é melhor que o unanimismo!
Somos socialistas por assumida opção e queremos levar esse nosso compromisso até às últimas consequências, participando, livre e responsavelmente, num acto eleitoral da maior importância para a vida local do nosso Partido. Afinal, 2013 é já amanhã.
Ser militante e querer ajudar o PS a voltar a ser o eixo central da política famalicense já era suficiente para justificar a nossa candidatura colectiva à CPC. Mas, em abono da verdade, ambicionamos mais, muito mais: queremos dar voz aos socialistas anónimos, aos militantes de base, àqueles que não aparecem pela sede e se mantêm alheados da vida partidária mas que sofrem, mais ou menos em silêncio, com os insucessos eleitorais e a crescente perda de influência do nosso Partido ao nível municipal e nas freguesias.
Queremos que eles saibam que há pelo menos uma equipa disponível para os ouvir e capaz de fazer funcionar a Concelhia em profundo envolvimento com todos os militantes, acompanhando de perto a actividade dos autarcas de freguesia, dos dirigentes das associações, dos sindicalistas e de todos aqueles que, estando comprometidos com o PS, escolheram outras áreas do seu interesse pessoal para desenvolver trabalho cívico e político.
Se os militantes assumirem o futuro do PS em Famalicão como tarefa inadiável que depende, fundamentalmente, de todos nós, então já terá valido a pena termos aparecido. Porque estamos certos que, connosco, o PS em Famalicão melhorará o seu funcionamento e deixará de estar ligado em “piloto automático”.
Dia 10 de Abril se saberá o que os socialistas famalicenses querem para o futuro. Seja qual for a resposta que derem, cá continuaremos, sem acrimónia ou recriminações, a dar o nosso contributo militante. A favor do PS, indiscutivelmente, e para que Famalicão saia a ganhar - hoje, no futuro e sempre.
Por isso, o nosso principal adversário político não é nenhum socialista: dá pelo nome de Armindo Costa, um “independente” de quem politicamente dependem tanto o PSD como o CDS-PP em Famalicão, assim como uma legião de fãs que, não querendo ou não podendo questionar o foguetório e a incompetência que por aí campeiam, são eles próprios parte integrante do circo que está montado em Famalicão há muitos anos. Com festas, papas e bolos…
Em boa verdade, também é o pós-armindismo que está em equação nestas eleições. É para ajudar o PS a vencer a direita em 2013 que não abdicamos de dar, desde já, o nosso contributo.
Mais plural, mais forte e mais credível, o PS Famalicão ficará mais perto dessa vitória necessária – não por nós apenas, mas, principalmente, por um futuro de mais coesão social, mais emprego, melhor investimento produtivo e maior competência na gestão municipal.
Para que os Famalicenses voltem a ter esperança na nossa Terra.

Carlos de Sousa

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