ganharfamalicao@gmail.com

Estamos abertos ao debate de ideias. O endereço acima está disponível para quantos, militantes do PS ou simples cidadãos atentos, acham que têm um contributo a dar na gestão da coisa pública na terra que é a nossa por nascimento ou adopção.

quarta-feira, 31 de março de 2010

Por que é que Fernando Moniz não merece a reeleição? Basta consultar o site da Concelhia do PS Famalicão

Em Março de 2008, integrei a lista única que foi eleita para a Comissão Política Concelhia do PS Famalicão (mandato 08/09). As feridas que havia a lamber estavam lambidas - mal ou bem - e eu entendi que não podia ficar de fora do esforço que, honra lhe seja feita!, Fernando Moniz estava a fazer para reunificar o Partido sob a sua liderança.

Demiti-me oito meses depois, ao confirmar ter sido um dos poucos membros do órgão partidário que ao nível local define a estratégia e determina a acção política do PS que não foi convocado para a mais importante reunião de todo o mandato: aquela em que o presidente, que havia recebido um voto de confiança do Secretariado (o executivo que assegura a gestão política e operacional do Partido no dia-a-dia) para identificar e propor o cabeça de lista do PS à Câmara nas autárquicas do ano passado, assumiu a indigitação do Professor Doutor Reis Campos. Foi a gota de água...
A escolha terá sido aprovada por unanimidade e aclamação, conforme o comunicado de imprensa então divulgado, e "aquilo" mexeu comigo. Foi a um domingo e eu demiti-me 24 horas depois, ao saber por uma estação de rádio local do que se tinha passado.


Em Política, nunca tive vocação para figurante fingidor: quando estou, estou! Para militar, combater, participar de fio a pavio e sem abdicar de nenhum direito nem de nenhuma obrigação. Mas sempre solidário com a maioria.


Por isso, também não me pus de fora quando os mesmos Fernando Moniz e Reis Campos me convidaram para integrar a lista socialista à Assembleia Municipal. Achei que devia dar um sinal de comprometimento com o meu Partido de sempre, contra uma recandidatura de um Armindo Costa que está nos antípodas dos valores e princípios que defendo para o governo do nosso Município: aprofundamento da democracia participativa, transparência e critério na utilização de dinheiros públicos, gestão para as pessoas e visão prospectiva, antecipando tanto quanto possível as respostas sociais adequadas às carências e anseios de uma comunidade como a nossa.


Hoje, depois de a sua estratégia e o "seu homem" terem sido julgados pelo eleitorado, com uma dolorosa e enorme derrota do PS em Outubro, o mesmo Fernando Moniz, meu amigo há quase 40 anos, vai hoje, de novo, pedir a confiança dos militantes socialistas de Famalicão.
Na minha modesta opinião, não merece a reeleição. Falhou nos objectivos (políticos e eleitorais) e deixou o PS acabrunhado, derrotado, com a auto-estima dos socialistas em baixo, e sem os níveis de credibilidade e capacidade de intervenção que o PS tem de ter se quiser encarar 2013 como uma oportunidade de recentrar em si a acção política à escala local.
Coração ao largo, na minha avaliação Fernando Moniz não reúne, hoje, a maioria das condições exigíveis para liderar a maior Concelhia socialista do país. Mais: já não tem todos os atributos necessários para relançar o Partido, mobilizar os militantes e partir à reconquista e fidelização da base sociológica de apoio tradicional do PS na nossa Terra; a mesma que nos deu maiorias nas europeias e nas legislativas do ano passado.
Lamento ter de o dizer aqui, mas Fernando Moniz é hoje, infelizmente, um político profissional, de gabinete, previsível, que se faz valer, sobretudo, da sua capacidade de influência - que inegavelmente continua a ter - no interior do Partido e aos mais diversos níveis do aparelho do Estado para conseguir resultados que se poderiam obter, de forma mais eficiente e mais duradoura para o PS, decidindo colegialmente e partilhando responsabilidades. Hoje, lamentavelmente, deixou de ser o político respeitado que já foi; é visto na sociedade famalicense como o Senhor Governador, com uma imagem distante e fria, dando azo a comentários que o apoucam e são injustos, até, ao ser bastas vezes referenciado como mais um gestor de pequenas e médias sinecuras.


O PS em Famalicão está organicamente enfermo, limitado na sua capacidade de actuação política, fragilizado aos olhos da maioria dos nossos concidadãos e precisa de ser urgentemente regenerado - da cabeça aos pés, do vaso capilar mais pequeno até ao sistema nervoso central. Como? Mais próximo dos militantes, mais disponível para os cidadãos, interagindo mais com a sociedade civil, dotado de uma estratégia que vise a sua credibilização e servindo-se de agentes políticos e protagonistas menos desgastados pelo poder.


... E se mais razões não houver para, desta vez, eu lhe negar o voto, basta ir ao site oficial da Concelhia e ler, como já fez o Pedro Santos, a moção que Fernando Moniz apresentou em Março de 2008. Está lá quase tudo: as metas previstas e a forma de trabalhar nos últimos dois anos. Hoje, depois de derrota tão pesada, tudo aquilo é uma miragem... de um pesadelo! Quem quiser que confira. Basta clicar no título deste post.


Depois de tanto inêxito, subsistirão algumas razões válidas, no plano partidário ou político, para que Fernando Moniz tenha mais uma oportunidade? Pessoalmente, custa-me responder... Os militantes socialistas que ajuizem o melhor para o PS Famalicão Confio neles e acatarei, democraticamente, o seu veredicto.

A vantagem de ter ideias e não depender da política

Há uma marca distintiva nesta candidatura: nenhum dos militantes que lhe dá corpo depende profissionalmente – quer directa quer indirectamente – da política ou do Partido!
Como evidenciou o facto de termos feito a apresentação da moção sem a minha preseça, a prevalência do lado profissional na vida da maioria dos elementos do grupo promotor da candidatura é garantia de dependermos principalmente de nós próprios e de sermos homens e mulheres absolutamente normais, que sentem na pele as dificuldades por que passam os que trabalham por conta de outrem e as famílias das classes menos abastadas. Antes de sermos socialistas, somos pessoas, cidadãos, contribuintes e sabemos o que custa ser tudo isso ao mesmo tempo no Portugal de 2010.
O que acabo de dizer releva também as dificuldades que temos sentido em conjugar as necessidades de alocar tempo para a actividade profissional, para a família e para o contacto com os cerca de 3.000 inscritos na Concelhia de Famalicão. Não temos profissionais ao serviço da causa nem outros meios logísticos senão os nossos próprios.
Mas, o facto de termos ideias e esta marca de independência profissional em relação ao Partido é também - por si só - uma razão suficientemente forte para nos apresentarmos a votos.
Somos Famalicenses iguais a tantos outros e decidimos agir por não nos resignarmos a ver Famalicão empobrecer, a definhar, com o desemprego a subir e pouco ou nada a ser feito para o combater a sério. Como? Com políticas locais que promovam a coesão social e atraindo investimento produtivo, que promova o emprego jovem, a começar pelos mais qualificados, a qualificação e formação profissional e a criação de riqueza, para que aqui possa ser reinvestida. Tudo porque ambicionamos GANHAR FAMALICÃO!

Não vou!

Não sou um dos muitos socialistas a quem Fernando Moniz, o candidato, endereçou um convite para estar presente na apresentação da sua moção, hoje, às 17:00 horas. A coisa começou por ser um convite aos media para uma conferência de imprensa, mas depressa se tornou noutra coisa qualquer: ou numa apresentação aos militantes com a imprensa presente, ou uma conferência de imprensa com muitos figurantes para os aplausos de ocasião.
Não fui convidado, como disse. Mas também não poderia estar: trabalho! e, a essa hora, a generalidade dos trabalhadores estará... a trabalhar! Por isso, adivinha-se quem lá vai estar.
(Um aparte: depois de ter bebido aqui o nome da candidatura, FM vai ser original na moção, ou o texto ontem publicado vai dar uma ajuda?).

Abrir o PS, romper com o casulo

Em Famalicão, o Partido Socialista não pode mais viver fechado sob si próprio, encerrado num casulo urdido por relações de poder e de benesses.
É da natureza humana a tendência para a não confrontação pessoal com quem tem poder de facto. Aliás, esta realidade não se circunscreve à vida interna dos partidos políticos; também nas organizações empresariais se encontram estes tiques de “carreirismo”…
Mas, os partidos políticos que não enfrentam e combatam esta realidade, inexoravelmente acabam da mesma forma que o PS de Famalicão se encontra actualmente: longe dos cidadãos, distante da realidade sócio-económica, autista, perdido em discussões sem sentido, incapaz de produzir pensamento político, ausente nas propostas e nas ideias de construção social.
Aliás, o juízo do povo – na dolorosa expressão das últimas autárquicas - é profundamente ilustrativo disso mesmo!
Por conseguinte, é bom de ver que esta é uma candidatura que não está contra ninguém, mas essencialmente a favor do PS de Famalicão. O PS precisa de nós para romper com o casulo.
Não nos apresentamos contra ninguém. Apresentamo-nos em favor do PS!
O contributo que individualmente temos dado, lançando sugestões e ideias para discussão, nunca foi norteado por qualquer ajuste de contas com o passado. Mas, temos consciência que a nossa participação, por ser livre, independente e desprendida, em muito contribuirá para FORTALECER O PS.

terça-feira, 30 de março de 2010

O avô do João que eu conheci: um Grande Senhor

Na minha crónica n'O Povo Famalicense desta semana, evoco um Grande Senhor, Famalicense como nós, mas enorme em tudo: em altura, em coração, em carácter e, sobretudo, no amor à nossa Terra. Conheci-o ainda menino e cedo me habituei a tratá-lo por Senhor José Casimiro, por influência familiar e contagiado pelo respeito generalizado que a comunidade famalicense do séc. XX sempre lhe dedicou.
Era impossível não me recordar dessa figura de iniciativa e combate por Famalicão - Terra que serviu enquanto autarca e como dirigente dedicado de várias instituições famalicenses, como a Santa Casa da Misericórdia, o Orfeão e o Rotary Club, que me lembre - poucas horas depois de ter dado voz à notícia de que o seu neto João é o primeiro subscritor da moção com que nos candidatamos à Comissão Política Concelhia do PS. Escrevo eu no "Povo" que hoje começou a ser distribuído:
"Na matriz humana e nos valores, tem tudo o que o avô tinha. Mas possui, igualmente, uma condição essencial para Famalicão: tem futuro, conhece o mundo e está preparado para o enfrentar. É candidato a ser tudo o que quiser no PS. Começa pela concelhia local. Para “Fortalecer o PS e Ganhar FAMALICÃO”.
Depois da vitória de Passos Coelho no PSD, entre a Primavera e a Páscoa, aí está uma notícia esperançosa, de renovação, de crença e vontade.
Que a estrela da manhã te guie sempre!, meu caro João. Estamos na Primavera e os cravos hão-de desabrochar em Abril".

segunda-feira, 29 de março de 2010

Avanço eu, ao encontro do futuro


Há alturas na vida em que não podemos ficar indiferentes, sob pena de nos acusarem de cumplicidade e/ou incompetência.
Em 2009, o PS obteve, no concelho de Famalicão, duas importantes vitórias eleitorais: Europeias e Legislativas.
Ainda em 2009, quinze dias após as legislativas, quase 40 mil Famalicenses alteraram o seu voto e deram ao PS o seu pior resultado de sempre a nível autárquico!
Esta enorme mole humana que vota tradicionalmente PS penalizou impiedosamente os socialistas de Famalicão. Apesar de maioritariamente socialistas, os Famalicenses não confiam nos protagonistas locais.
Perante isto, não poderíamos ficar indiferentes, e decidimos avançar com uma candidatura à Comissão Política Concelhia, um órgão colegial do Partido de onde emanam as principais linhas orientadoras da estratégia política ao nível concelhio. Entendemos que há um contributo que podemos dar ao PS de Famalicão, e sentimos o dever cívico e de militância de o fazer.
Por isso, avançamos. Serei eu a encabeçar a lista, como primeiro subscritor da moção hoje mesmo apresentada à Comunicação Social. Terei a meu lado militantes de base, autarcas e ex-autarcas, ex-deputados e, sobretudo, cidadãos com ideias e socialistas determinados em tudo fazer para Fortalecer o PS para Ganhar FAMALICÃO

sábado, 27 de março de 2010

Um partido de doutores

Corriam poucos dias do ano de 1975. Um sindicalista, militante da CGTP ainda antes do 25 de Abril, dirige-se à sede do PS com a intenção de se filiar. Ao assomar nas escadas, ouve alguém lá em cima dizer: “Ó doutor, passe aí o papel”. Dá meia volta e regressa a casa: nunca faria parte de um partido de doutores!

Esse sindicalista dava pelo nome de Alcino Cruz, e foi nosso camarada por muitos anos, depois de o termos convencido de que a expressão “doutor” tinha sido usada na brincadeira. De facto, tratávamos toda a gente por camarada; os “doutores” e “engenheiros” e “arquitectos” nem no PPD cabiam.

Os tempos são outros, bem sei. Mas não deixa de me soar estranho, muito estranho, ouvir camaradas dirigirem-se uns aos outros, ou nomearem outros, empregando esses descabidos títulos. Afinal, nem isso nos distingue já da Direita?

Multiplicam-se os apoios

Devolver a palavra aos militantes, descentralizar a estrutura concelhia em novas secções de residência, abrir o partido à sociedade, cultivar o direito à diferença, afirmar uma alternativa ideologicamente firme à governação da direita, foram alguns dos temas abordados na reunião de Joane.
Foi bom ver por lá camaradas que estavam longe da participação política há muitos anos. Essa tem sido, de resto, uma referência constante nos diferentes encontros da candidatura.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Amanhã é o nosso dia. De tarde, a sede do PS estará aberta para todos os Famalicenses


Somos uma equipa, temos propostas e uma estratégia que visam "Fortalecer o PS para Ganhar FAMALICÃO" - desde já e sem dispensar ninguém! Todos fazemos falta; todos somos militantes por Famalicão.
Amanhã à tarde, a sede concelhia do PS estará aberta para todos os Famalicenses, filiados ou não no Partido, que queiram aparecer para fazer Política, equacionando o futuro da nossa Terra e os desafios que o PS terá de vencer para voltar a ser a mola impulsionadora de desenvolvimento, coesão social e progresso. É isso que ambicionamos.
Venha daí!

Jantemos!

No tempo da outra senhora, o exercício público da actividade política estava, para os democratas, quase restringido a jantares; sabem os mais antigos porquê. Actualmente, os jantares voltaram a ter um papel predominante na cena política; sabemos todos porquê.

Algo vai mal quando a discussão dos assuntos que interessam a todos, e até o confronto ideológico, são substituídos por uma amena cavaqueira à mesa do restaurante. Os jantares deviam ser apenas momentos de salutar convívio, jamais substitutos da acção política.


Não sou candidato a presidente da CPC do PS Famalicão

Sou, com indisfarçável gosto, um dos dinamizadores e o porta-voz da candidatura ao órgão colegial de direcção política da Concelhia do PS de Vila Nova de Famalicão. Nunca quis ser nem assumi a condição de candidato a presidente da Comissão Política Concelhia. Condicionar os militantes e dizer-lhes que o que está em jogo no dia 10 de Abril é sobretudo o lugar de presidente daquele órgão não é sério, no plano partidário, e politicamente apouca a consciência cívica dos cerca de 3.000 filiados no PS em Famalicão.
Felizmente, tenho valores, princípios de vida e um passado de acção cívica e partidária que falam por mim. Reúno todas as condições legais e estatutárias para ser eleito e eleger nestas eleições, mas não serei eu, em definitivo, a encabeçar a lista que se apresenta sob o lema "Fortalecer o PS para Ganhar FAMALICÃO".
Amanhã de manhã, na conferência de Imprensa que daremos na sede concelhia, serão revelados os primeiros nomes da lista. Só lá se ficará a conhecer, portanto, o nome daquele que, de entre nós, merece e está preparado para ser presidente da CPC, nos termos dos estatutos do PS. Até lá, continuaremos a trabalhar para captar (e tentar merecer...) a confiança dos militantes socialistas de base que desejam um Partido mais aberto, plural, regenerado, ganhador e, principalmente, credível. Vamos a isso!
Deste modo, e porque a conferência de Imprensa é reservada apenas a jornalistas, ficam todos convidados, desde já, para a sessão pública que amanhã, sábado, pelas 15 horas, promoveremos na sede concelhia, na Rua S. João de Deus (edifício dos CTT). Só lá faremos a apresentação pública da nossa lista e voltaremos a falar das nossas ideias. Apareçam!

quinta-feira, 25 de março de 2010

Abandono do ex-Colégio Camilo chega às páginas do JN


Para a Câmara de Famalicão, o imóvel do antigo Colégio Camilo Castelo Branco, na Rua Manuel Pinto de Sousa, tornou-se num indisfarçável incómodo.
No "Jornal de Notícias" de hoje, uma fonte do GAP, que todos os Famalicenses minimamente bem informados saberão identificar sem dificuldade, adianta, sete anos depois da compra do imóvel, uma justificação oficial para tanto desleixo e inacção que assume foros de despautério: "Neste momento, não está nada decidido". Haja vergonha!
Se não acredita, leia a notícia da jornalista Alexandra Lopes no JN de hoje. Basta clicar no título deste post.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Haja transparência!

Recebi, na manhã do dia 19 de Março, um mensagem do Partido Socialista de V. N. de Famalicão a convidar os militantes para estarem presentes no Fórum Novas Fronteiras, que se realizaria no dia seguinte em Braga. Mais informava a SMS que haveria transporte junto à Câmara Municipal.
Até aqui tudo bem. O meu espanto é que a mensagem, ao contrário de muitas outras que tenho recebido da mesma proveniência, estava assinada por F. Moniz. Foi o candidato a presidente da CPC, ou o presidente da CPC,.quem faz o convite? Se a mensagem tivesse vindo com a habitual assinatura neutra, tínhamos todos ganho em transparência.

Somos por um Partido de cidadãos comprometidos com um ideário

Para poder voltar a ser o eixo central da acção política em Famalicão, o PS tem de corrigir alguns erros do passado, repensar a forma como está estruturado e melhorar substancialmente o relacionamento com os cidadãos, a começar pelos militantes e autarcas socialistas nas freguesias.
Não podemos manter o actual estado de desorganização interna, que leva a que a maioria dos cerca de 3.000 inscritos no PS em Famalicão continue a sê-lo sem manifestar qualquer gesto de comprometimento ou vontade de militância. Ninguém é obrigado a estar inscrito num partido político. Mas, a inscrição no PS obriga – nos termos dos estatutos – ao cumprimento de requisitos mínimos, tal como o pagamento de uma quota anual de 12,00 € (1 euro/mês).
É nossa intenção propor ao Partido que delibere, no âmbito da Comissão Política Concelhia, proceder à eliminação dos ficheiros, depois de notificados os interessados para a situação, dos inscritos que não cumpram esse requisito mínimo. Nós sabemos que muitos dos actuais inscritos no PS são meros contribuintes passivos e estão perfeitamente desinteressados da vida política; alguns nem serão, sequer, socialistas, mas conhecem-se as suas dependências em relação a alguns “senhores doutores” dos sindicatos de voto que mais parecem pastores a cuidar do seu rebanho. Esse tipo de práticas deve ser banida do nosso Partido! Está em causa da saúde política e a credibilidade da Concelhia.
Mas outros aspectos há a rever e a melhorar. A forma como a Comissão Política vem funcionando, por exemplo. Há muito a fazer nesta matéria, a começar pelo apoio aos autarcas de freguesia e à formação e retenção de quadros, sendo desejável que a CPC não viva politicamente apenas em função da pessoa do seu Presidente.
Aliás, as eleições que se avizinham são para a CPC e não para o Presidente da CPC. A Comissão Política é um órgão colegial, composto por 61 pessoas, eleitos pelas várias listas concorrentes. Estamos, portanto, convictos que o Partido só terá a ganhar com o debate interno e a confluência de pensamentos; sobretudo, se tais pensamentos partirem de cidadãos e socialistas livres e empenhados na afirmação dos valores e dos princípios do socialismos democrático, que querem dar contributos, pela positiva, e interessados em levar à prática ideias e propostas que visam FORTALECER O PS PARA GANHAR FAMALICÃO!

PEC


Na mais recente batalha pela arrecadação de impostos, ganhou o Xerife de Nottingham. Robin Wood e a irmandade rosa desesperam com a teimosia do príncipe.

Estamos a mexer: sexta em Joane e sábado na cidade

Continuamos a ouvir (e a aprender) com os militantes do PS e os Famalicenses que nos fazem chegar as suas opiniões e nos questionam. Nos próximos dias, a candidatura à Comissão Política Concelhia do PS que se apresenta com a moção que tem por lema "Fortalecer o PS para Ganhar FAMALICÃO" tem em agenda as seguintes iniciativas:

Sexta-feira, 26 Março - Joane
  • 21,30 H - Encontro com militantes no salão nobre da antiga sede da Junta de Freguesia (Largo da República)

Sábado, 27 de Março - cidade

Apresentação da lista e da moção - sede concelhia (junto aos CTT)

  • 11,30 H - Conferência de imprensa
  • 15 H - Sessão pública (aberta a todos os Famalicenses, militantes e não-militantes)

Com excepção da conferência de imprensa, reservada a jornalistas, para as outras duas sessões convidam-se todos os socialistas de V. N. de Famalicão. Independentemente das opções que cada um já assumiu, o debate e o intercâmbio de ideias e opiniões enriquece-nos a todos. E ao PS/Famalicão, seguramente.

terça-feira, 23 de março de 2010

CONSCIENCIA

“Consciência é uma qualidade psíquica, isto é, que pertence à esfera da psique humana, por isso diz-se também que ela é um atributo do espírito, da mente ou do pensamento humano. Ser consciente não é exactamente a mesma coisa que perceber-se no mundo, mas ser no mundo e do mundo, para isso, a intuição, a dedução e a indução tomam parte.”
Esta definição de consciência retirei-a eu da Wikipédia.
E fui à procura dela porque, um destes dias, a minha filha, de 16 anos, me pediu ajuda para encontrar uma associação ambientalista em Famalicão.
O pior foi tomar consciência de que nós famalicenses não temos consciência cívica. Na escola disseram-lhe que não têm conhecimento de nenhuma.
Eu sabia que um velho amigo, o Dr. Joaquim Loureiro, estava de algum modo ligado à QUERCOS. Procurei-o. Claro que estava disponível para ajudar. Fez questão de sair de casa numa destas noites frias, para explicar a uma jovem o que é consciência cívica… Ouvi-lo é um estímulo. A cadência com que, literalmente, atira para cima da mesa do café os problemas ambientais que grassam um pouco por todo o concelho é, no mínimo, preocupante. Existem tantos, que até dói.
Preocupante é, também, a tomada de consciência do que somos, enquanto sociedade.
Não temos associações ambientalistas…ou se as temos, têm tanta influência que não são conhecidas nas escolas…
Não temos associações cívicas, que promovam discussão política (ressalvo as 4º feiras do povo)…
Em que tipo de sociedade nos estamos a transformar? Será que nos estamos a transformar numa “Sociedade Sem Consciência”?
Se a definição da Wikipédia estiver correcta, parece-me bem que sim!!!
Se os nossos jovens se limitam a pensar em Ambiente ou Politica, quando têm de apresentar um qualquer trabalho escolar, se homens como o Dr. Loureiro já não são ouvidos, se a politica local se resume ao confronto de peões, sem discussão de ideias, parece-me bem que não estamos a “Ser no mundo e do mundo”….

Em Joane, esta sexta-feira, para ouvir os militantes

Esta sexta-feira, dia 26, a partir das 21,30 h, vamos reunir com os militantes do PS de Joane e das freguesias vizinhas. A reunião é no salão nobre da antiga sede da Junta de Freguesia, no Largo da República. Todos os socialistas serão bem-vindos. Temos para partilhar algumas ideias e não pedimos nada em troca. Mas, claro!, ficaremos satisfeitos se a mensagem passar e o feedback for possível.
Vamos lá, sobretudo, para escutar e aprender com os socialistas joanenes, porque não é fácil gerir uma Junta de Freguesia de uma Vila como Joane e renovar, mandato atrás de mandato, a confiança dos eleitores. Para mais, tendo de conviver politicamente com um presidente de Câmara que tem vários pesos e várias medidas e que faz depender o relacionamento institucional que mantém com os autarcas de freguesia de conveniências conjunturais.
Mas, 2013 é também uma oportunidade para o PS lançar novos protagonistas para a ribalta autárquica, renovar equipas, ousar propostas inovadoras, protanizar respostas políticas convincentes. E para o PS continuar a ser o pêndulo político fundamental de Joane tem de encarar, desde já, o trabalho que há a fazer até lá.
É para essa tarefa decisiva e para que o PS não venha a sofrer em Joane de qualquer síndrome de fim de ciclo que queremos dar o nosso contibuto: como militantes responsáveis e independentemente dos votos que em nós quiserem investir os militantes no próximo dia 10. Por isso, esta reunião interessa a todos. Apareçam!

Repensar a organização para melhorar a eficácia da acção política

A Democracia, os partidos políticos e as instituições democráticas funcionam com normas, regras, leis. Também os órgãos do PS estão sujeitos à obediência aos preceitos estatutários.
A declaração de princípios explicita os nossos valores e a nossa missão, caracterizando o ideário socialista. Os estatutos são uma espécie de Constituição que nos rege e distingue. É preciso que dia 10 todos tenhamos isto presente e não nos deixemos confundir com leituras dos estatutos equívocas ou mal-intencionadas.
Para nós, é claro que o Secretariado Concelhio é o órgão executivo do Partido e é constituído por um grupo restrito de pessoas que emanam da Comissão Política.
A Comissão Política, por sua vez, é um órgão colegial. Quer isto dizer que na Comissão Política se fazem representar os eleitos pelas várias listas de candidatos. Deve reunir ordinariamente quatro vezes por ano, pelo menos, e o seu presidente não é encontrado por eleição uninominal, como alguns pretendem fazer crer. É, apenas, o primeiro nome da lista mais votada para a Comissão Política.
A Assembleia Geral das secções e a Reunião Anual de Militantes, prevista nos estatutos, são de importância vital para uma concelhia com 3.000 militantes. É a forma mais democrática de ouvir os militantes.
As estruturas do Partido devem manter uma grande proximidade e envolvimento com os filiados. As secções inter-freguesias têm, no nosso entender, um papel crucial na organização e implantação do Partido. Muito por graças da perseverança dos camaradas de Riba D’Ave, existe uma secção organizada e autónoma naquela Vila. Porém, nós não conseguimos encontrar uma justificação lógica para que não haja uma secção idêntica em Ribeirão e outra em Joane.
Pela qualidade do trabalho político desenvolvido e pela capacidade de realização que os camaradas de Riba D’Ave vêm evidenciando, é tempo de se repensar a presença do Partido nas três vilas do concelho Famalicão. Em Ribeirão e Joane é imperioso recomeçar, evitando segregar quem quer que seja, juntando todos e aproveitando todos os recursos e vontades. Em Riba D’Ave, há que encarar o alargamento do âmbito territorial da secção. Pela nossa parte, achamos que ela não se deve circunscrever apenas à realidade local e aos socia listas e cidadãos de Riba d’Ave, mas antes centrar em si a envolvente natural à Vila, nomeadamente Pedome, Oliveira S. Mateus. Oliveira Sta. Maria, Delães e Bairro.
Da mesma forma, Joane tem condições para ter uma secção abarcando Mogege, Pousada de Saramagos, Telhado, Portela e Vermoim. Como Ribeirão deverá ser o centro da organização partidária para a zona mais a Sul concelho, aglutinando os socialistas daquela Vila e de Lousado, Fradelos e Vilarinho das Camas.
Estou em crer que o PS ficará a ganhar em termos de organização, eficácia de intervenção e democracia interna. O que pensam as outras candidaturas deste assunto? Gostava de saber, de debater e de ajudar a escolher o melhor figurino organizativo. Para Fortalecer o PS. Para Ganhar Famalicão.

PS Famalicão está mais pobre. Morreu um Socialista abnegado: o Manelzinho de Novais

Acabo de saber que faleceu Manuel Campos Azevedo, mais conhecido entre os socialistas de Famalicão, carinhosamente, por Manelzinho de Novais. Presidente da Junta de Freguesia de São Simão de Novais durante vários mandatos, estava retirado, há já alguns anos, da vida política activa e da militância partidária, mas continuava Socialista de alma e coração.
Patriarca respeitado de uma família de socialistas, tem nos filhos seguidores à altura.
Em meu nome pessoal e como porta-voz da candidatura à CPC do PS Famalicão que se apresenta sob o lema "Fortalecer o PS para Ganhar FAMALICÃO", curvo-me, respeitosamente, perante a sua memória e expresso à Família, nomeadamente aos filhos, os nossos votos de sentidas condolências.
R.I.P., Camarada Manuel Azevedo.

Por António Barbosa, meto as mãos no fogo. Por outros...

"O Povo Famalicense" confirma hoje a escolha de Ivo Sá Machado para a administração do Centro Hospitalar do Médio Ave, em substituição do meu querido Amigo António Alberto Barbosa, entretanto nomeado para presidente do Centro Hospitalar do Alto Ave, que gere os hospitais de Guimarães e Fafe.
Conheço bem o substituído e de forma insuficiente o substituto. Perceber-se-á, por isso, que por um ponha as mãos no fogo, se preciso for. E que dê a cara, a camisa, o coração... tudo!
Foi o que aconteceu, na sombra, em 2005. Foi o que voltou a acontecer, há dias, na Assembleia Municipal, quando o deputado municipal do PSD Jorge Paulo Oliveira tentou apoucar António Barbosa lembrando os "boys" que, segundo ele, ocupam hoje lugares de confiança política na administração pública e em empresas controladas pelo Estado.
Ergui a voz, na altura, e quase fui indelicado. Se calhar, deveria ter tido uma reacção mais controlada. É que, sinceramente!, em 26 de Fevereiro p.p., quando na Assembleia Municipal apresentei, em representação do Grupo Municipal do PS, um voto de congratulação pela "promoção" de António Barbosa, estava longe de saber quem estava na calha para o substituir.
Foi quem foi... Nada a opor. Felicidades!, Dr. Sá Machado. Mas, não contem comigo para qualquer pronunciamento político como o que abaixo se transcreve. Por uma e terminante razão: não tenho vocação para fingidor nem sei conjugar POLÍTICA - assim mesmo, com maiúculas - com hipocrisia. Chega?
"VOTO DE CONGRATULAÇÃO
pela nomeação do Famalicense António Barbosa para Presidente
do Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Alto Ave, E.P.E.

Por acertada escolha da Tutela, o Famalicense António Alberto Brandão Gomes Barbosa, autarca, docente universitário e gestor de reconhecidos méritos, acaba de assumir a presidência do Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Alto Ave, E.P.E., depois de ter sido, durante os últimos três anos, administrador do Centro Hospitalar do Médio Ave, estabelecimento de saúde que serve a população do nosso Município.
Para além do reconhecimento profissional que traduz, esta nomeação faz justiça à dedicação ao serviço público de António Barbosa, honrando Famalicão e todos os Famalicenses que se revêem no seu exemplo de cidadão e autarca, que há mais de duas décadas vem contribuindo para a valorização da democracia local e o desenvolvimento da nossa Terra.
Deste modo, e por não poder ficar indiferente a esta prova de reconhecimento oficial pelas qualidade profissionais e pessoais do nomeado, a Assembleia Municipal de Vila Nova de Famalicão felicita tão ilustre Famalicense e congratula-se pela sua nomeação para a presidência de uma unidade hospitalar pública que no plano regional tenderá a assumir justificada relevância, em função do plano de revitalização e afirmação nacional e internacional de um município que é nosso vizinho e que em 2012 se assumirá como Capital Europeia da Cultura".

segunda-feira, 22 de março de 2010

Estou farto

Não é fácil alguém apresentar uma candidatura ao PS local que seja tida como séria e credível pela população. Para além das pérolas que já aqui fiz referência, alguém tratará de ir para o terreno descredibilizar e tentar "manipular" quem se atrever a candidatar em oposição ao poder vigente no momento.
Quando um aparelho partidário se encontra ao serviço de um "directório" não é fácil avançar para uma "luta" desigual! Só as convicções de pensamento impedem um silenciamento supostamente em prol de uma pseudo-unidade.
Como pode um partido ser credível, quando nos últimos 8 anos não se apresentou à comunidade com novas ideias, novos intérpretes, novo dinamismo, etc?
Como pode um partido ser credível perante o eleitorado quando se diz à "boca cheia" que se vive em clima de paz podre?
Como pode um partido ser encarado como verdadeira alternativa quando a sua liderança esteve quase sempre na linha da frente, no que diz respeito às estratégias desse partido, nos últimos 25 anos?
Como pode um partido ser credível quando não se vislumbra uma única ideia orientadora para o futuro de Famalicão? Quais foram as ideias-chave deste partido nos últimos 8 anos?
O que será de Famalicão, dentro de 20 anos, caso este partido assuma os destinos da autarquia?
Será um concelho virado para a cultura? Guimarães será capital da cultura brevemente. Será um concelho virado para o desporto? Como estão as nossas modalidades? Será um concelho virado para a indústria alimentar? Teremos uma pista de neve artificial ou uma piscina com ondas? Já ficaria satisfeito por ver uma única ideia. Dos gabinetes de estudos e dos CAE`s resultou algo?
Estou farto dos discursos redondos! Desde os apelos à união que não passam de algo virtual até à necessidade de acompanhar os autarcas eleitos nas freguesias!!! Mas alguém acredita nisto???
A continuar assim nem daqui a 4 anos o PS consegue voltar a ganhar as eleições autárquicas!!!

Pérolas ( II )

“(...)

disponibilizei-me para me empenhar com todas as minhas forças na criação das condições necessárias para a unidade estrutural dos militantes do PS e a empunhar a bandeira que há-de conduzir o Partido, com alegria e com entusiasmo, a novas vitórias eleitorais no Concelho, no País e na Europa.

(...)

No uso das suas competências, a Comissão Política Concelhia do PS por mim dirigida decidirá com inteira liberdade e responsabilidade sobre as estratégias mais eficazes a seguir pelo Partido nas Eleições Europeias, nas Eleições Legislativas e nas Eleições Autárquicas que vão realizar-se em 2009.

(...)

As próximas eleições autárquicas constituem uma oportunidade soberana para demonstrarmos a nossa mobilização e empenho na defesa de um programa municipal ambicioso que articule o desenvolvimento de cada uma das 49 freguesias do concelho num projecto comum de desenvolvimento do Município, rumo ao crescimento económico, ao emprego, à criação e distribuição de riqueza, de que todos os Famalicenses possam beneficiar.
Para isso, o PS vai mobilizar-se com alegria, com criatividade, com energia, com determinação, apresentando candidaturas ganhadoras em todas as freguesias e um programa e uma equipa que sensibilizará os Famalicenses para uma nova geração de políticas municipais.

(...)

É com esta visão de um partido aberto que pretendo criar um Conselho de Acompanhamento Estratégico, constituído por personalidades independentes de reconhecido mérito, por anteriores Presidentes da Comissão Política, Autarcas e quadros do partido. Será elaborado um ambicioso Plano de Acção, com propostas e iniciativas projectando o Futuro que queremos para o Município, a apresentar publicamente. Serão criados cinco Conselhos Sectoriais: Desenvolvimento Económico e Social; Educação e Cultura; Planeamento, Ordenamento do Território, Obras Públicas e Ambiente; Associativismo e Desporto; Comunicação. No desenvolvimento deste desafio/apelo ao trabalho político dinâmico, surgirão os porta-vozes sectoriais que em conjunto formarão a Câmara Municipal-Sombra, cuja principal função será o acompanhamento crítico da vida municipal com a apresentação pública das nossas propostas alternativas.”

Estes são apenas alguns excertos da moção de estratégia apresentada em Março de 2008 pelo actual líder da Comissão Política Concelhia do PS. O que algumas pessoas disseram de uns de outros é digno de uma boa reflexão...

Pérolas ( I )


“(...)

Esta é uma candidatura do primado do colectivo e que representa a expressão política dos militantes de base do PS de V.N. de Famalicão nas suas 49 freguesias.

(...)

Pretendemos que em V.N. de Famalicão o PS seja capaz de protagonizar um espaço de debate político onde se privilegiam as ideias, os projectos e a estratégia política para o alcance das vitórias, renegando quaisquer lógicas de confrontos pessoais.

(...)

Consideramos que o PS deve ser um partido aberto, democrático e plural que não se esgote em si mesmo. Um PS que seja capaz de se abrir a todos quantos queiram dar o seu contributo e participar, valorizando e respeitando as diferenças de opinião. O PS tem de encetar um permanente diálogo com os agentes sociais e económicos da sociedade civil, revelando-se como fundamental a dinamização do Gabinete de Estudos.

(...)

Temos de modernizar os métodos e acção do PS. Desde logo, com recurso a novas tecnologias e a uma nova imagem. Há que fomentar tertúlias e blogs, bem como o uso das novas tecnologias. Tem de se sair com o PS para a rua, criando-se aquilo a que chamamos “espaços PS”. Há que ter imaginação nas iniciativas políticas e no modo de comunicar interna e externamente.

(...)

Não se podem filiar militantes, muitas concretizar o apoio político aos militantes, passando muita pela oferta de acções de formação política.das vezes integrá-los em listas, e depois pura e simplesmente abandoná-los. Há que

(...)

a organização concelhia do PS deve tornar-se um parceiro activo de todos e de cada um dos eleitos às diferentes assembleias de freguesia, acompanhando a par e passo o trabalho dos nossos eleitos locais.

(...)

Reveste-se, pois, da maior importância a nomeação de equipas de coordenação de grupos de freguesias que, devidamente assessoradas por elementos do secretariado do partido possam tornar exequível tal desiderato.
Posto isto, a candidatura assume o compromisso de realizar no primeiro semestre de 2006 o 1º FÓRUM AUTÁRQUICO DE FAMALICÃO onde todos os eleitos aos diversos órgãos do município tomarão parte, onde se apresentará um plano de acção devidamente estruturado e onde se dará conhecimento da metodologia e procedimentos a implementar.

(...)

Sem descurar, no imediato, as presidenciais, toda a estratégia do PS de V.N. de Famalicão terá de passar pela preparação de condições favoráveis à vitória do PS nas próximas eleições autárquicas.”

Estes são apenas alguns excertos da moção de estratégia apresentada em 2006 pela candidatura encabeçada por Nuno Sá. Foi neste ano, julgo eu, que tivémos umas eleições na sede e outras numa roulotte... A expressão "primado do colectivo" é brilhante. Mais ninguém se lembraria de ousar pensar em tal coisa...

O milagre da multiplicação

Cinco dos quatro vereadores e vinte(1) dos dezassete(2) deputados municipais eleitos pelo PS apoiam a candidatura de Fernando Moniz à presidência da Comissão Política concelhia.

Cristo fez um pouco melhor com os pães, mas tinha vantagens conhecidas.

________________________________________________________

(1) Nuno Sá também é deputado Municipal

(2) Raúl Tavares Bastos é independente


domingo, 21 de março de 2010

Apontamento historiográfico sobre Famalicão no "Público" de hoje

O jornalista famalicense José Augusto Moreira, dos quadros do "Público", assina este domingo, no caderno Cidades do seu jornal, uma curiosa fotolegenda sobre a historiografia local.
Lembra a construção dos actuais Paços do Município de V.N. de Famalicão - designação que me dizem ser a mais correcta, atendendo ao quadro constitucional vigente, em contraponto à forma mais usual, de "Paços do Concelho". Em poucas linhas, e bem secundado pelo fotojornalista Paulo Pimenta, autor de uma bela foto da Pr. Álvaro Marques, aquele que deve ser, actualmente, o jornalista de Famalicão mais influente nos media portugueses recorda as peripécias do arguido-pirómano que incendiou o edifício onde até Abril de 1952 funcionaram a Câmara e o Tribunal da nossa Terra. Pensou ele que assim se livraria da Justiça...
É mencionado, como se impunha, o arquitecto Januário Godinho, mas omite-se o nome de Álvaro Marques, um Famalicense de vistas largas que foi presidente da Câmara e que, passe o exagero, está para Famalicão quase como o Marquês de Pombal está para Lisboa
Entre as duas fotos do interessante apontamento do "Público", a única referência comum a ambas é o busto de Camilo Castelo Branco, como sublinha, e bem!, o JAM. O painel de lava - mais popularizado entre nós por "muro da vergonha" - nem sequer é referido. É tamanho o efeito visual daquela excrescência que o fotojornalista fez tudo para a limpar do seu trabalho. E conseguiu! Ainda bem.
Os leitores do jornal que não conheçam "aquilo" ficam, na ignorância, com uma boa ideia do jardim mais bonito da nossa Terra. Bem sacado!, Zé Augusto.

Impostos Municipais

Para ninguém é novidade que o país atravessa uma grave crise financeira. Também não é novidade que Famalicão parece estar no “olho do furacão”…(e não me refiro à operação furacão). Quando olhamos para os números do desemprego, apercebemo-nos que estamos bem no centro da crise. O desemprego, em Famalicão em particular, e no Vale do Ave em geral, tem atingido muitas famílias. E principalmente, famílias de baixos recursos. E o que têm feito os nossos governantes municipais, para ajudar aqueles que precisam? Nada!!!!!!! Senão vejamos: O IRS pago pelos contribuintes reverte, nos temos do código do IRS, para os Municípios em duas taxas, (“Uma participação de 2% no IRS dos sujeitos passivos com domicílio fiscal na respectiva circunscrição territorial, calculada sobre a respectiva colecta liquida uma fixa…”), Uma no valor de 2%, que lhe é atribuída pelo governo, e outra (“Uma participação variável até 3% no IRS”) variável, definida pelo próprio Município que pode ir até 3%. Caso o Município não exija esta percentagem variável, a mesma reverterá para os seus cidadãos como dedução à colecta.
Agora adivinhem lá quanto é que o nosso Município tem exigido ao governo? Certo…3%... mesmo em tempos de crise profunda.
Mais ainda, o IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis), antigamente designado de Contribuição Autárquica, é um imposto que reverte totalmente para o Município. A sua taxa é variável e fixada pelo Município. Varia entre 0,2% e 0,4% para os prédios avaliados nos termos do CIMI, e entre 0,4% e 0,7% para todos os outros.
Agora adivinhem lá o valor que pagamos? Certo, mais uma vez… Pagamos o máximo!!! 0,4% e 0,7%
Entretanto, e provavelmente porque o nosso presidente do Município é um empresário de sucesso, a Derrama, que é um Imposto Municipal que incide sobre os lucros das empresas, e que varia entre 0% e 1,5%, é no nosso município de 1,2%.
Que ilações podemos tirar daqui? É fácil. Nos impostos que todos pagamos, aplica-se as taxas máximas possíveis, nos impostos que só alguns pagam, já se pode fazer um descontozinho...

A vergonha posta a nu


É a preto e branco e a qualidade de impressão é a que é, mas o "Jornal de Famalicão" não esconde o que outros tentaram.

Na notícia sobre o encerramento ao trânsito, a partir desta segunda-feira, da Rua Manuel Pinto de Sousa, a referência fundamental para os leitores entenderem a mensagem que se pretende passar é... o antigo Colégio Camilo Castelo Branco.

Afinal havia mais fotos passíveis de publicação para dar a informação útil aos leitores...

sábado, 20 de março de 2010

Sócrates dixit em Braga: "Aqui não há lei da rolha!"


Fui à primeira sessão do Fórum Novas Fronteiras depois da vitória socialista nas legislativas de Setembro passado. Casa cheia, ambiente de algum empolgamento e boa mobilização de um PS acossado pela, como sublinhou José Sócrates no encerramento, "coligação contranatura" PSD/Bloco no Parlamento.
Bom discurso de Jaime Gama, que há muito não descolava do registo institucional e intencionalmente moderado de presidente da AR para se voltar a ouvir como dirigente de referência do PS, e um Sócrates a mostrar estar preparado para enfrentar o próximo líder do PSD, a eleger nas directas da próxima sexta-feira. Passos Coelho ou Rangel? Para o líder socilista, tanto faz. É farinha do mesmo saco.
Na verdade, o secretário-geral do PS já fez o trabalho de casa e demonstrou estar preparado para o embate, seja qual for a opção da maioria dos militantes social-democratas.
Mas, o que pessoalmente mais me tocou foi a ênfase que tanto Gama como Sócrates puseram nessa grande diferença que distingue o PS do PSD: a liberdade de expressão dos seus militantes e o exercício da crítica interna.
Para o presidente da AR, ali estavam os indepedentes e os "pê esses" que "pensam pelas suas próprias cabeças". O líder socialista foi mais directo: "Aqui não há lei da rolha!". O PS, lembrou, sempre soube fazer rimar "liberdade" com "unidade". Mais: internamente, o PS vive "em ambiente de liberdade", convivendo bem com as críticas dos seus militantes, sem que isso ponha em causa o "ambiente de unidade". É necessário "mais do que divergências para quebrar a unidade do PS", afirmou.
"Foi sempre em unidade e com sentido de responsabilidade que enfrentamos os problemas", lembrou Sócrates aos militantes que o ouviam em tempo de eleições internas. Terá sido suficientemente escutado pelos dirigentes socialistas locais que - em número significativo - estiveram no Parque de Exposições de Braga? Alguns não devem ter gostado muito...

Por que não mostrar o que de bom se faz em Famalicão?

Por que não mostrar o que de bom se faz em Famalicão?
Um dia destes, ao ler um artigo de opinião do nosso camarada e amigo Mário Martins, no “Povo Famalicense”, apercebi-me que é isso mesmo que nós precisamos fazer: exaltar o que de bom se faz em Famalicão.
Assim, e no seguimento da proposta da Casa da Cidadania, devemos continuar a fazer pensar. A mim, ocorreu-me propor a criação de uma “Mostra do que se fabrica em Famalicão”.
Todos os anos, temos direito a Feira do Artesanato, a Feira de Gastronomia, a Feira Medieval, a Feira do Associativismo e, se não me engano, duas Feiras Francas. Mas, não temos nenhuma Feira da Indústria.
Pelos vistos, fabricamos em Famalicão das melhores torneiras do mundo (eu não sabia…). Mas não se esgota aí o catálogo famalicense do saber fazer bem feito e com qualidade. Ainda temos fabricação de relógios, na Boa Reguladora. Creio que é única na Península Ibérica. Temos uma oficina de produção e reparação de órgãos de igreja, na ORGUIAN, em Avidos. Creio também que é única em Portugal.
Fabricamos em V.N. Famalicão lentes para câmaras fotográficas e de vídeo, com qualidade mundial, na Leitz. Máquinas de estampar na S. ROQUE… e acredito que muitos outros produtos, que pessoalmente desconheço.
Somos líderes nacionais em carnes e seus derivados. Temos a Vieira de Castro, que ombreia com as melhores multinacionais no fabrico de bolachas e doces. A Louropel que, segundo o nosso amigo Dr. Joaquim Loureiro, é a maior fabricante mundial de botões.
Concentramos no concelho um impressionante conjunto de marcas de pronto-a-vestir de nível internacional, como, por exemplo, a SALSA, a DECÉNIO, a GANT, a TIFFOSI, a CHEYENNE e, certamente, muitas outras, de que desconheço a origem produtiva.
Este é um pequeno exemplo do que, assim de repente, me vem à memória. Somos uma grande terra. De gente obreira e empreendedora.
Assim proponho que devemos exortar a Associação Comercial e Industrial a concertar com a Câmara Municipal a criação de uma mostra de toda esta panóplia de produtos em que somos, de facto, líderes nacionais – e, em alguns, casos ibéricos ou mesmo mundiais.
Vamos incentivar as trocas internas. Acredito que muitos dos famalicenses desconhecem a diversidade de produtos de grande qualidade que fabricamos, e bem!, em Famalicão. E isto não é novo, já com a outorga do Foral de Vila Nova por D. Sancho I, em 1205, se promovia os produtos das “Terras de Vila Nova”, tendo El-Rei mandado que “aí se faça Feira”…
Não me parece que seja um projecto com o custo, ou o impacto, de uma Casa da Cidadania, mas, provavelmente, com pouco dinheiro poderemos promover a nossa Terra de uma forma bem positiva.

Assembleia Municipal deve voltar a analisar compra do imóvel do antigo Colégio Camilo


A Assembleia Municipal é o órgão certo para apreciar a situação deplorável em que se encontra o imóvel do antigo Colégio Camilo Castelo Branco, na Rua Manuel Pinto de Sousa, actualmente património do município.

Foi aquele órgão autárquico quem aprovou, por unanimidade, a sua aquisição, pela Câmara, em 10 de Janeiro de 2003 - já lá vão mais de sete anos!!!! - e deverá ser o mesmo órgão a reapreciar o caso, face ao "tabu" camarário sobre o assunto e à vergonhosa degradação que as obras na via pública vieram por a nu.
Na qualidade de deputado municipal, propus ontem - mediante requerimento a que se associou o meu congénere independente Raul Tavares Bastos, um dos mais antigos e respeitados autarcas de Famalicão, ex-CDS eleito em Outubro na lista do PS - que o assunto seja agendado para a próxima sessão. Eis, na íntegra, o requerimento entregue em mão ao presidente em exercício do Parlamento local, Cerejeira Leitão.
"Na sua reunião ordinária de 10 de Janeiro de 2003, a Assembleia Municipal de Vila Nova de Famalicão aprovou uma proposta da Câmara Municipal para aquisição do imóvel, sito na Rua Manuel Pinto de Sousa, n.º 42, na freguesia de Vila Nova de Famalicão, onde durante anos funcionaram o antigo Colégio Camilo Castelo Branco e o Centro de Trabalho local do Partido Comunista Português.
Passados mais de sete anos, o imóvel - entretanto adquirido pela Câmara para, conforme justificação então avançada, ali se instalarem uma série de serviços municipais que estavam a funcionar em espaços e edifícios alugados existentes nas imediações dos Paços do Município - lá continua, sem serventia pública nem benefício privado, a cair aos bocados, num vergonhoso estado de degradação que a recente demolição dos muros de suporte de terras e a retirada do portão de ferro da entrada, à face do passeio da Rua Manuel Pinto de Sousa, mais veio evidenciar.
Por os Famalicenses e esta Assembleia continuarem sem saber qual o destino que a Câmara pensa dar ao imóvel, apesar dos vários pedidos feitos, em plenário, ao Senhor Presidente da Câmara nesse sentido, vêm os deputados municipais abaixo-assinados, ao abrigo das disposições legais e regimentais aplicáveis, solicitar o agendamento, para que conste da ordem de trabalhos da próxima sessão da Assembleia Municipal, do seguinte ponto:
“Informação da Câmara sobre os projectos que tem para o imóvel municipal sito na Rua Manuel Pinto de Sousa, n.º 42, na freguesia de Vila Nova de Famalicão, e análise da situação actual à luz da autorização para aquisição do imóvel dada pela Assembleia Municipal em 3 de Janeiro de 2003”.
Solicitamos, em conformidade, que o Senhor Presidente da Câmara e os técnicos camarários que tenham estado ou estejam a trabalhar neste processo sejam expressamente convidados a participar na reunião, para prestarem os esclarecimentos necessários à Assembleia Municipal sobre a acção desenvolvida, desde que a autarquia comprou o imóvel, para a sua salvaguarda e reabilitação conforme se previa na proposta camarária aprovada por este órgão autárquico".

sexta-feira, 19 de março de 2010

O futuro somos nós que o determinamos!

50 mil cidadãos na Estónia acabaram com dez mil pequenas lixeiras espalhadas pelo país. Num único dia, 3 de Maio de 2008, fizeram o que custaria ao Estado três anos de trabalho e 22 milhões de euros.
Amanhã mais de cem mil portugueses vão varrer o país, literalmente, libertando-o de uma das maiores chagas da sua paisagem: os depósitos ilegais de entulhos, electrodomésticos, plásticos, pneus e outros testemunhos históricos da falta de civismo.
A ideia inicial transformou-se numa das maiores mobilizações colectivas de sempre em torno de uma causa ambiental.
Ironicamente, nenhum dos três fundadores do projecto Limpar Portugal pertence a uma associação ambientalista.
O movimento opera com uma estrutura informal, sem estatutos, nem burocracias, e sem dinheiro. Todos os apoios obtidos são em espécie ou em serviços.

Para aqueles que em Portugal já viraram as costas à luta. Para os que já resignaram e não acreditam que a capacidade para mudar o país, o concelho ou a freguesia está em cada um de nós, o projecto "Limpar Portugal" é a prova provada que o futuro passa necessariamente pela intervenção cívica e empenhada de cada cidadão. É com este espírito que apenas três cidadãos conseguem amanhã mobilizar mais de 100 mil portugueseses para Limpar Portugal.

Intervalo na campanha interna: amanhã, em Braga, há Novas Fronteiras com Sócrates



Amanhã, às 15 horas, realiza-se no Parque de Exposições de Braga uma sessão do forum Novas Fronteiras, com a participação de José Sócrates. "Portugal 2010/2013: os desafios" é o tema. Os restantes oradores não foram divulgados, mas, tenho a certeza, a campanha interna actualmente em curso no PS vai sofrer um intervalo de umas horas. Todos vão querer aparecer. Até eu, se puder...
Voltaremos todos a remar para o mesmo lado, sob a liderança do timoneiro. "Assim é que é bonito", dizia-me, esta manhã, um conhecido militante do PS Famalicão, que, acrescentou, "ainda não decidiu" em que vai votar dia 10. Mas, sincero, disse-me ter intenções de "aproveitar a boleia" da organização, que, tanto quanto evidencia uma sms enviada, nas últimas horas, aos filiados socialistas de Famalicão pelo presidente ainda em exercício e recandidato à CPC, põe uma camioneta à disposição.
Até eu, se conseguir conciliar compromissos antigos com este agendamento com poucos dias, vou aproveitar tamanha generosidade eleiçoeira. Mas, para ser franco, só se isso não inviabilizar a minha (modesta...) participação na excelente iniciativa que se propõe "Limpar Portugal". Se ajudar a ..., pelo menos, já é muito bom; para mais tratando-se, como se trata, de uma organização de cidadãos não comprometidos com ONGs tradicionais nem dependentes de subsídios. Grande ideia!

quinta-feira, 18 de março de 2010

Antigo Colégio Camilo: vergonha incómoda ou assunto "pendente"?


Depois de ler esta informação municipal pela segunda vez, agora no "Cidade Hoje" desta semana, estou cada vez mais preocupado com o destino que vai ter o imóvel municipal do antigo Colégio Camilo Castelo Branco. Desconfiado já estava; agora, com a pulga atrás da orelha, estou preocupadíssimo!
Atente-se no enquadramento da fotografia: é a forma mais habilidosa de tapar o Sol com a... peneira municipal. Dali, quem dirá que se está a falar da Rua de Manuel Pinto de Sousa? (mais conhecida entre os Famalicenses com mais de 30 anos, pelo menos, como a "rua do Colégio Camilo"). Assim, a notícia destapa o acessório, como convém, e deixa baço o essencial, a verdadeira notícia para o comum dos Famalicenses: aquele edifício histórico, que há muito devia estar classificado como "de interesse municipal", onde estudaram centenas de famalicenses quando não havia ou era insuficiente a oferta do ensino secundário público em Famalicão e, já depois do 25 de Abril, funcionou o Centro de Trabalho local do PCP; facto que, só por si, justificará uma referência a qualquer historidador criterioso que se debruce sobre o que foram os "anos da brasa" do PREC e a luta pela instauração da democracia pluralista em Portugal.
Não resisto, por isso, a publicamente questionar daqui o presidente da Câmara: trata-se de vergonha incómoda e, por isso, não assumida ou estamos perante uma corriqueira tentativa de varrer para debaixo do tapete os "pendentes", à espera que a retoma chegue ao sector da construção e do imobiliário? Se for assim, podemos todos esperar esPECados...
Quem souber, p.f. que me responda, através do e-mail ganharfamalicao@gmail.com. Antecipadamente, os meus agradecimentos.

Obrigado!, Riba de Ave

Ontem, à noite, os promotores da candidatura à CPC do PS de Famalicão que se apresentam sob o lema "Fortalecer o PS para Ganhar FAMALICÃO" reuniram com o Secretariado da Secção de Riba de Ave.
Debateu-se o presente e, sobretudo, perspectivou-se o futuro. Ouviram-se opiniões e propostas e, o que é mais importante, consolidaram-se elos de camaradagem e de compromisso partilhado com o ideário socialista. Fez-se Política, com elevação e frontalidade, sem hipocrisia nem constrangimentos.
No plano pessoal, creio de todos saímos a ganhar. Institucionalmente, ficamos mais fortes e provamos que saber ouvir é o ponto de partida mais inteligente para agir de forma acertada e eficiente. E ficou claro que os militantes estão atentos e querem ter voz, participar! Podem não estar na posse de toda a informação, mas sabem bem que têm tantas obrigações como direitos - como cidadãos e socialistas de cartão passado, por livre e assumido compromisso renovado sempre que pagam quotas.
Um lição de participação democrática na vida do Partido que a todos enriqueceu. Obrigado!, Camaradas.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Rua do Colégio Camilo fecha ao trânsito segunda-feira. Aquela vergonha fica mais tapadinha...


Estou em crer que a esmagadora maioria dos famalicenses identifica a Rua Manuel Pinto de Sousa como sendo a "rua do Colégio Camilo".
Para a Câmara informar eficazmente que aquela artéria fecha ao trânsito, temporariamente, a partir de segunda-feira, dia 22, não era preferível utilizar a linguagem que as pessoas usam no dia-a-dia? A menos, claro, que o objectivo também seja o de evitar que se fale naquela vergonha e na proposta que segunda-feira fizemos chegar ao presidente da Câmara...
Seja como for, aqui fica o aviso camarário:
"O pelouro de Trânsito da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão informa que a Rua Manuel Pinto de Sousa, situada a norte do edifício dos Paços do Concelho, ladeando a Igreja Matriz e o Centro Paroquial, estará cortada ao trânsito a partir do dia 22 de Março até 12 de Abril, devido à execução de obras de reabilitação urbana. Este prazo pode prolongar-se caso as condições meteorológicas sejam adversas. Apesar do corte da rua, estará assegurado o acesso ao parque de estacionamento da ParqF".
Será "isto" informar os munícipes?

terça-feira, 16 de março de 2010

Uma enooorme lição de VIDA. Vale milhentas "conversas em família"...

Contraluz: um filme português imperdível. Ainda somos bons em muitas coisas. Mesmo BONS!

“Iniciou iniciativas”

Isto de iniciar iniciativas tem que se lhe diga. Para mais quando se trata de falar a jovens. Ainda que os convidados de honra sejam um vereador de Braga e um presidente de junta da Póvoa de Lanhoso. Pois, por cá a jota não tem vereadores; nem presidentes de junta; nem qualquer cargo político relevante. Mas está, segundo o seu coordenador, de alma e coração com quem os guindou a essa menoridade.


Quim continua no Benfica e "A Bola" resgata a nossa auto-estima colectiva

A primeira página de hoje do diário desportivo "A Bola" faz-nos bem.

A manchete, em si mesma, é excelente para o famalicense que na última década mais vezes foi citado nos jornais portugueses: Quim, o guarda-redes n.º 1 do futebol do SL Benfica, que começou a construir uma carreira de sucesso, de que os Famalicenses se podem orgulhar, no Ruivanense. Mas, não é menos favorável para todos nós, para Famalicão inteiro: massaja-nos o ego colectivo e "puxa para cima" a nossa Terra.

Vem, de alguma forma, resgatar a nossa auto-estima, que tem andado por baixo, há bastante tempo, e que o "Correio da Manhã", com a manchete da sua edição do passado dia 5, ainda agravou mais. Tudo porque somos gente boa, de coração receptivo e porta aberta para qualquer pessoa, cão ou gato que, precisando de um tecto ou de um ganha-pão, nos toca à campanhia. E como continuamos a ser - haveremos sempre de ser, felizmente! - "Terra de Amigos" damos guarida a um qualquer professor que veio de fora para molestar sexualmente um jovem que tutelava, enquanto membro da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens. Um tarado e um péssimo educador, cujos comportamentos pedófilos nos escaparam, anos a fio, porque somos gente de bem, generosos e altruistas.

Tendo atentado contra o nosso carácter colectivo, este L.P. também abusou de nós. Não merece, portanto, que lhe estendamos a outra mão.

O que nos vale é que as autoridades policiais vão funcionando. Apesar de termos andado distraídos durante anos, com tamanho predador a saltar da EB 2,3 Bernardino Machado, em Joane, para a EB1 da Estalagem, em Vermoim, a Polícia Judiciária investigou a triste vidinha deste docente indecente e confirmou os seus comportamentos desviantes. Vai ter, por isso, que responder perante a Justiça, por pedofilia. Os Famalicenses devem exigir-lhe, no mínimo, um pedido de desculpas.

Por mim, quero-o longe, bem longe de Famalicão.

segunda-feira, 15 de março de 2010

O País do faz de conta

Vivemos num país fenomenal: o país do faz de conta. Faz-se de conta que se tem um estatuto social ostentando um automóvel de alta cilindrada que se paga em incontáveis prestações. Faz-se de conta que há concorrência nas gasolineiras quando estas alteram concertadamente preços ao cêntimo. Faz-se de conta que se ocupam cargos públicos pagos a peso de ouro por competência e não por favores. Faz-se de conta que Portugal é um país com poucas centenas de habitantes (e a maior parte deles imbecis) e que, por isso, têm que ser sempre os mesmos a ocupar os mesmos cargos públicos independentemente da competência ou incompetência demonstradas. Faz-se de conta que não se tem nada a ver com uma “lei da rolha” estalinista que foi aprovada num congresso pelos seus próprios militantes/apoiantes. Ou melhor, faz-se de conta que não se esteve lá.
Faz-se de conta que vivemos numa democracia transparente e participativa mesmo que essa participação se resuma ao voto acrítico no partido ou em sufrágios nacionais. Faz-se de conta que se ganham eleições quando se perdem. Faz-se de conta que existem nos partidos juventudes partidárias irreverentes, independentes, críticas, descomprometidas, quando na hora da verdade acabam por não resistir a um prato de lentilhas.
Até quando seremos um país de faz de conta?

Juventudes Partidárias

O que leva um jovem a dar um passo rumo à filiação numa juventude partidária? A minha resposta é composta por duas hipóteses:
1º convicção e sentido de participação cívica
2º uma possibilidade de carreira

Há muitos anos filiei-me na JS por convicção! Possibilidades de carreira não tinha. O concelho onde vivia era dominado pela direita como ainda hoje é. O PS não era Governo e estava em curso a 1ª maioria absoluta do PSD.

Hoje milito no PS também por convicção. Não fui daqueles que transitou automaticamente das jotas para o partido. Quando decidi filiar-me, fui à sede do PS local e preenchi a ficha de militante. Hoje milito no PS de Famalicão. E como é diferente o PS de Famalicão daquele que conheci numa outra concelhia. Muitos mais militantes, muitas mais cadeiras para serem ocupadas, muito menos discussão política e mais vocação de poder...

Actualmente faço parte de um grupo de militantes socialistas que apresentou o projecto “Fortalecer o PS para ganhar Famalicão”. Somos um grupo de pessoas que ousa pensar ao invés de se limitar a seguir encarneirado uma qualquer liderança. No entendimento de que todos devem ser auscultados e que todos os contributos são positivos para a melhoria do actual estado em que se encontra o PS local, decidimos contactar vários órgãos do PS e JS para reuniões de apresentação do projecto e discussão. Não estivémos nunca à procura de apoios desses órgãos! O que nos move é a discussão política!

Contactámos a JS local na pessoa do seu secretário coordenador. Não se mostrou disponível para responder ao nosso desafio. Qual o meu espanto quando constato que a JS concelhia apoia uma candidatura que não a nossa! Num outro blogue a candidatura que se pretende perpetuar na liderança da concelhia podia ler-se o seguinte “Orgulha-se, também, por contar com o apoio da concelhia da Juventude Socialista.”

Ao jovem Nuno Vieira, secretário coordenador da JS, apenas posso dizer o seguinte: Lamentável!
É lamentável que não se tenha dignado a dar resposta à nossa solicitação.
É lamentável que tenha colocado a JS (supostamente independente e imparcial) colada a uma candidatura à liderança da concelhia. Será que reuniu os militantes da JS para poder tomar uma posição pública de apoio?
Será que o cargo que actualmente ocupa o impede de reunir com os promotores do projecto “Fortalecer o PS para ganhar Famalicão”?
Será que o seu cargo o obriga a declarar apoio a outra candidatura?
Quando o vi candidatar-se à liderança da JS local em oposição a um poder de sucessão dinástica, esperava uma outra postura daí em diante! Infelizmente, sucumbiu às forças do poder vigente e vergou a espinha política que o fez ser candidato à JS local.

É triste constatar que as jotas estão hoje vazias de jovens e repletas de boys!

Reabilite-se o antigo Colégio Camilo. Que nasça ali a Casa da Cidadania!


Os famalicenses estão preocupados com o destino do imóvel municipal onde durante largos anos funcionou o Colégio Camilo Castelo Branco, actualmente em vergonhoso estado de degradação.
Ouvimos os socialistas, aqueles que sofrem com as derrotas, votam, até pagam as quotas, mas que raramente têm vez e conseguem ter voz nas reuniões e jantares que se fazem para manter as aparências. Procuramos o contributo de outros famalicenses, independentes e mais ou menos afastados da vida cívica, mas que, partilhando da mesma preocupação e profundamente desgostosos com o que as recentes obras na via pública puseram a nu, nos incentivaram a defender publicamente e a consagrar na moção que oportunamente apresentaremos a salvaguarda do imóvel histórico da Rua de Manuel Pinto de Sousa, preservando o carácter municipal da propriedade e a sua transformação na Casa da Cidadania de Famalicão.
A proposta, sobre a qual gostaríamos de recolher o feedback de todos os Famalicenses, foi hoje mesmo feita, como a carta abaixo comprova, ao presidente da Câmara Municipal.
Para nós, é chegada hora de o PS em Famalicão, definitivamente!, deixar de "coçar para dentro".
Estamos apostados em credibilizar o Partido e trazer para a acção política novos protagonistas e, sobretudo, ideias arejadas, com futuro e exequíveis. Como esta! Haja vontade política para isso.
(Foto retirada do portal do Município)

Iniciativa pública

Carta à Câmara Municipal sobre Colégio Camilo Castelo Branco

domingo, 14 de março de 2010

Uma rolha contra o delit(r)o de opinião


Estou nos antípodas deste Santana Lopes.
Se ontem não escondi aqui uma certa admiração pelo estilo e pela forma de PSL fazer política, hoje não posso deixar de verberar a lamentável proposta de alteração dos estatutos do PSD que ele apresentou e o congresso de Mafra aprovou - com a reveladora complacência da senhora que está prestes a terminar a sua comissão de serviço e dos três candidatos à presidência do principal partido da oposição (o outro, o tal que não sabe o que é a crise, não conta para este campeonato).
Depois de um primeiro dia de debate vivo, com elevação e mobilizador do “país laranja” - que acompanhei, a espaços, pela TV -, hoje fui surpreendido pelo regresso do “velho PSD”. Era escusada aquela nódoa santanista a borrar a pintura toda...
Proibir os cidadãos filiados num partido, seja ela qual for, de criticar as opções e as escolhas do directório partidário nos 60 dias anteriores a um acto eleitoral não lembra nem ao diabo. É a “lei da rolha” pura e dura. Esta sim! Ei-la: a verdadeira “asfixia democrática”, que a maioria dos portugueses nunca entendeu bem o que era.
Trata-se de uma habilidade estatutária que condiciona o debate político e menoriza o PSD. Uma regra de duvidosa constitucionalidade, aliás. Mas é, sobretudo, um retrocesso perigoso, perverso mesmo, nomeadamente se contagiar outros partidos, a começar pelos do “arco do poder”. E ainda falam eles de Sócrates e do PS… Chiça!!!
Mas, infelizmente, no PS/Famalicão deve haver gentinha capaz de tamanha enormidade e de aplaudir esta deriva estalinista de PSL.
Como alguns camaradas meus gostavam que eu me calasse… Eles até são democratas e socialistas, bons rapazes e chefes de família, o que toleram mal é a crítica; principalmente, se for expressa em público. Já me fizeram saber, tolerantes e politicamente correctos, que estou autorizado a pensar pela minha própria cabeça e a dizer o que me vai na alma, mas com uma condição: só posso falar como quero no interior do PS. Lá fora, nunca. Jamais! É intolerável que escreva nos jornais “contra o partido”.
Lamentavelmente, para esses camaradas meus - que, ao que ouvi dizer, voltam agora a insistir na ideia peregrina de o PS lançar em Famalicão um novo jornal -, aquele espaço de crónica jornalística que me esforço por manter, há vários anos, n’O Povo Famalicense, é coisa do diabo e, por isso, devo ser condenado à fogueira.
Santana Lopes, pelo menos, só propôs a “lei da rolha” como forma de calar e de “disciplinar” os seus companheiros inconvenientes. Deve julgar, como alguns socialistas de Famalicão, que é assim que num cortiço se protegem as abelhas-mestras das críticas - ou das facadas, como aquelas que sofreu quando substituiu Durão Barroso depois deste ter dado à sola para Bruxelas.
Pois está redondamente enganado!, dr. Santana Lopes. Digo eu, que sou do PS há quase 36 anos, consigo separar trabalho dos deveres partidários com facilidade, não misturo conhaque com ganha-pão e nunca fiz “fretes” a ninguém durante os mais de 14 anos em que fui jornalista profissional - incluindo nesta contabilidade os cerca de cinco meses em que trabalhei n’O Liberal.
Eles não sabem nem sonham…

sábado, 13 de março de 2010

Responsabilidades institucionais vs carreira política


O secretário coordenador da JS Famalicão sabe há mais de uma semana - verbalmente, por meu intermédio, e por escrito, através de duas comunicações que lhe chegaram por correio electrónico - que os promotores da lista que se candidata à CPC do PS/Famalicão com a moção que tem por lema "Fortalecer o PS para Ganhar FAMALICÃO" pretendiam reunir com o Secretariado da "Jota". Objectivo: ouvir os jovens dirigentes da estrutura local da JS sobre aspectos orgânicos e, sobretudo, sobre os problemas concretos da juventude famalicense, a começar pelo emprego.
Pelos vistos, não estão interessados...
Nuno Vieira, jovem jurista trainee recentemente promovido a assessor do Grupo Parlamentar do PS, em Lisboa, já decidiu quem apoiar e, pelos vistos, não está interessado na reunião que lhe pedimos. Optou por expressar público apoio, dispensando-se de ouvir o que lhe tínhamos para dizer, a outra candidatura.
Lamento, mas Nuno Vieira demonstrou não estar à altura do cargo que ocupa. Eventualmente, terá sido traído pelos seus interesses e pelas ambições de carreira que alimenta; terá misturado conveniências pessoais com responsabilidades institucionais e deixou claro não ter independência de espírito para ser secretário coordenador da JS/Famalicão.
A partir de hoje, eu, que fui do núcleo fundador da "Jota" em Famalicão, deixo de o considerar interlocutor político válido e representante de todos os jovens socialistas de Famalicão. Não tem dimensão ética e política para tanto: anda entretido com as gravações do "tempo de antena" da candidatura que apoia, as sessões de propaganda em bares e locais afins e as maçadoras viagens de trabalho semanais para a capital. Deve ter uma agenda preenchida e não dispõe de tempo, seguramente, para debater os problemas dos jovens e de Famalicão com quem, como eu, o João Casimiro, o José Ruy Fernandes e o Paulo Costa, por exemplo, fomos seus antecessores no cargo.
Só tenho uma dúvida: não nos liga porque não temos dinheiro para pagar rendas de sedes em centros comerciais ou porque os temas que pretendíamos ver discutidos não são suficientemente "fracturantes"?...

Santana Lopes: um gato raro em política


Separa-nos a ideologia (e outros pormaiore$...), mas gosto do estilo e da forma como ele faz política. Conheci-o relativamente bem, como “eminência parda” e ideólogo de um jornal por onde passei a correr: o defunto “O Liberal”, para o qual fui levado pelos meus amigos Eduardo Paz Barroso e Maria João Avillez.
Hoje, e por hoje, sinto-me um apoiante de Santana Lopes.
Convocou o congresso para debater ideias e dar um rumo ao PPD/PSD, como ele gosta de dizer, sublinhando a diferença relativamente aos “cristãos novos” pós-Sá Carneiro que atiraram o partido para as ruas da amargura.
Quer levar o seu partido a discutir política pura – título de uma revista que lançou e dirigiu, com Helena Sacadura Cabral, mãe de Paulo Portas, e um dos seus apoiantes inquestionáveis na comunicação portuguesa, Rui Calafate.
Quer forçar os social-democratas a não se ficarem apenas pelos nomes, tácticas, carreiras e, eventualmente, pela relação de causa e efeito que querem (man)ter com Cavaco, o mais velho, o verdadeiro líder.
Quer “dar a volta” aos fundamentos do regime. Quer mexer nas águas paradas do lodaçal da nossa política profunda, a dos peixes graúdos.
Em suma, quer fazer e discutir Política. Será crime? Às vezes até parece...
Eu também tenho fases parecidas com as do actual PSL. Como agora, por exemplo: gostava que em Famalicão, a minha Terra!, o PS voltasse a ser levado a sério e se passasse a comportar como o eixo central da acção política.
Há quem não queira perceber as minhas motivações pessoais, mas é apenas “isto” que pretendo. Não tenho absolutamente mais nada em vista: ZERO!
Já passei, há muito anos, pelos cargos e mordomias da “alta política” e… não gostei. Aquilo é para quem estômago, rins e coluna… de geleia. Não invejo, por isso, os meus camaradas que ambicionam ser tudo e mais alguma coisa. Já fui. Já experimentei. Agora, o que me importa é o futuro de Famalicão!
Mas, voltando a Santana Lopes: o que hoje se me oferece dizer é que em política, por norma, quando as raízes foram fundo e se espraiaram pela alma, a personalidade, os princípios e os valores acabam por dar frutos. Pensa-se com independência, não se adquirem tiques perversos e convive-se facilmente com o contraditório, a inveja e a subserviência. Porque facilmente se distinguem as ervas daninhas das árvores de fruto. Ou as rosas dos espinhos.
Como me fazem falta, por estes dias, os tempos do princípio…
Tenho recordado, como se fosse hoje, o meu tio Artur: entiasmava-me, com uma força contagiante indescritível, falando-me das peripécias por que passou na Acção Socialista Portuguesa, na clandestinidade, ao lado dos irmãos Cal Brandão, de Rui Polónio Sampaio, de António Macedo, de José Luís Nunes, de Manuel Ramos e de tantos outros históricos socialistas do Porto.
No princípio, um pouco como sempre faz Santana Lopes relativamente ao seu PPD/PSD, referia-se ao PS como “Partido Socialista Português”; esse mesmo, o do símbolo com um punho esquerdo estilizado e esteticamente algo… agressivo, ossificado, como aparece na capa da primeira declaração de princípios publicada em 1973 (na foto). Soube mais tarde que foi criação de um militante socialista italiano, após o congresso fundador do actual PS, a 19 de Abril de 1973, em Bad Munstereifeld, nos arredores de Bona, na Alemanha.
Em 1975, com as eleições para a Assembleia Constituinte – um forte abraço!, Jerónimo -, foi retocado e substituído por uma versão graficamente mais… amigável. Depois, com António Guterres, veio a rosa e o “punhinho” - como dizíamos entre nós nos tempos em que em Famalicão era difícil ser socialista - sofreu um restyling. Ficou melhor, mais deste tempo. Foi também quando apareceram a cor verde e a sigla PS na iconografia socialista.
Mas, as saudades são só minhas. O que agora interessa é o futuro. E palpita-me que Santana Lopes, com mais vidas do que as de um gato, está aí para baralhar o congresso, sacudir o PSD e posicionar-se já como sucessor do líder que daqui a menos de 15 dias vai ser eleito nas directas; muito provavelmente, o menos espalhafatoso dos boys da política portuguesa: Pedro Passos Coelho.
Só o eterno Marcelo o poderá afastar do regresso previsível. Estarei enganado?

sexta-feira, 12 de março de 2010

Aguardo pela nova mensagem vídeo



Hoje será apresentada a candidatura do camarada Fernando Moniz, segundo rezam as mensagens de texto enviadas para os telemóveis dos militantes socialistas... através do telemóvel do camarada Moniz! (e obviamente sem recorrer a qualquer ficheiro partidário!).


Já criou um blogue de apoio à sua candidatura! Esperemos que seja mais dinâmico e com conteúdo, ao contrário dos sites de campanha do Reis Campos e do site do PS local!


Foi adoptado claramente um novo estilo de comunicação. As video-conferências devem estar para breve. Afinal, o plano tecnológico já teve o seu impacto!


Recentemente tivémos a cerimónia dos Oscars! Este vídeo não foi nomeado, mas recordo que Avatar de James Cameron com os seus avatares e pandora era tido como favorito ao melhor filme. Tal não se concretizou... Não há efeitos especiais que eliminem um passado bem recente muito mau!!! Podem tentar mascarar mas não é suficiente...