Uma classe política desacreditada, envolvida nas teias dos favores que a sustentam, uma classe empresarial proxeneta, maioritariamente pendurada na teta orçamental, uma Justiça sem regras nem decoro, uma imprensa onde se imola tudo e todos na voragem das parangonas: eis o retrato desta República à beira da desgraça.
Ouçam e leiam o que os abutres já dizem sem temor. Clamam por "ordem" e "disciplina" e "respeito", e bem sabemos no que isso deu em 1926.
Aos cidadãos de corpo inteiro falta a mobilização contra os que nos conduziram a este estado de coisas; saberemos agir a tempo, arredando da vida pública a corja de oportunistas que tomaram conta de tudo? As últimas sondagens, que dão a vitória a uma edição revista e piorada da actual nomenklatura, podem ser um muito mau presságio.
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