Uma das maiores iniciativas que alguma vez a JS de Famalicão levou a cabo foi uma "Festa da Juventude", de âmbito nacional, no final da década de 70 do século passado.
Realizou-se no campo do Operário, em Mões, que nesse tempo não era nada do que hoje é. Não consigo precisar o ano, mas foi num fim-de-semana no pós-PREC, no final das férias de Verão (mais precisamente, a 23 e 24 de Setembro, como documenta o cartaz aqui reproduzido). Desenhei-o eu próprio, com recurso a uns transfers de fraca qualidade, a umas letras recortadas de outros cartazes e a uns negativos de fotografias sem interesse relevante que encontrei, um ou dois anos antes, no laboratório da Escola de Artes Decorativas Soares dos Reis, no Porto, que frequentei durante dois anos ao abrigo de uma "experiência pedagógica" que me bonificou a nota do secundário e me abriu as portas da Faculdade de Arquitectura. Foi impresso nas oficinas gráficas do PS, em Lisboa, no Largo do Rato. Alguém se recorda do ano exacto de tal festa?
Estive a na organização com o Joaquim Ribeiro, o Nelinho Abreu e o Arlindo Mesquita, entre outros jovens socialistas de então. Já nessa altura pontuavam no Operário FC os "eternos" dirigentes José Ferreira Gomes e José Augusto Simões da Silva, dois socialistas da primeira hora e dois casos de amor à colectividade de Mões.
Entre nós, tivemos os principais dirigentes nacionais da JS de então; lembro-me, assim de repente, do Alberto Arons de Carvalho, do José Leitão, do António Costa, da Margariada Marques, da Manuela Rego e do Reinaldo Oliveira. Mas, a presença mais marcante foi a do malogrado presidente do PS António Macedo, que fez um discurso todo "revolucionário": defendeu o fim do serviço militar obrigatório e afirmou, cito de memória, que a escola tinha de estar ao serviços dos trabalhadores. Olha hoje...
Para quando uma História do PS Famalicão? Talvez se percebem-se melhor algumas carreiras políticas e os episódios mais marcantes da vida atribulada do PS em Famalicão nos últimos anos. A memória dos homens, se exercitada, é sempre uma das melhores fontes para os historiadores. Se não for estimulada, tende a perder-se. Há que evitar esse risco.
Entretanto, vou dar o meu modesto contributo pessoal para que se não perca tudo e se lembrem os socialistas da fundação da Concelhia e da implantação do PS em Famalicão. Ao longo deste mês de Abril vou aproveitar este nosso blogue para partilhar com os socialistas famalicenses algumas peças gráficas que irei resgatar ao baú da minha militância partidária.
Foi a forma mais original que me ocorreu para a todos os socialistas de Famalicão expressar, nesta data, os meus votos sinceros de PÁSCOA FELIZ.
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