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sábado, 17 de abril de 2010

Portugal precisa de cidadãos como António Barreto. É URGENTE!

No preciso dia em que o país ficou a saber da demissão do seu director e fundador, Martim Avillez de Figueiredo, o diário "i" publica hoje uma entrevista absolutamente imperdível a António Barreto, sociólogo, ex-militante de muitas causas, deputado constituinte e ministro do 1.º Governo Constitucional, liderado por Mário Soares, e actual presidente do Conselho de Administração da Fundação Francisco Manuel dos Santos, a quem se deve o lançamento recente da base de dados sobre a realidade portuguesa Pordata. Entre outros alertas e ensinamentos que nos deixa, Barreto agarrou-me a atenção com esta: "Em Portugal a política é uma forma de dependência e fazer política é aceitar ser dependente. É por isso que é difícil ser-se cidadão. O verdadeiro cidadão não tem dependências, tem liberdade de escolha".
O título escolhido pelos autores da entrevista, os jornalistas Sílvia de Oliveira e Filipe Paiva Cardoso, aliás, é elucidativo do desassombro e do território cívico onde hoje se coloca o ministro mais odiado pelo PCP e pela extrema esqueda no PREC: "Os deputados são servos e gostam de ser servos".
Contudo, a passagem que pessoalmente mais me tocou foi esta:
- Se mandasse, o que daria aos portugueses para os tornar mais felizes?
- Só uma coisa? Então, seria a eleição nominal: eu voto na pessoa que quero.
Estou completamente de acordo! A par da regionalização, esta é a grande reforma que José Sócrates receia fazer.
Mais sobre a vivência da cidadania de António Barreto no blogue Jacarandá.

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