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domingo, 11 de abril de 2010

Sobre o marketing político do "nosso Presidente"

A ilustração deste post é a reprodução de um dos cartazes usados na campanha autárquica do PS de 2001. O conceito criativo e o copy são meus e da Sónia Rodrigues. O design do Adriano Araújo. Do autor da foto não me lembro. (Se a memória não me falha, foi o que o próprio fotografado conseguiu, a preços de amigo, em... Braga).
Já então, Fernando Moniz era "o Senhor Governador". Eu sempre o preferi ver e tratar como "o nosso Presidente". Foi uma oportunidade dolorosamente perdida...
Quase nove anos depois, a nora da vida deu muitas voltas e o Fernando escolheu outras companhias políticas e outros consultores. Deve entender que está melhor servido, com certeza. Está no seu pleno direito.
Há muitos anos que sou profissional destas coisas e sei o que é e como funciona o mercado da comunicação política em Portugal. Por isso, consigo ter parâmetros de avaliação objectivos e aferir com frieza o que outros fazem - de bom e de mau. Porque em comunicação não há meio termo: há a que estimula uma atitude positiva e funciona e o contrário, a que não vende ou promove e é flop. E como as marcas e os accionistas das empresas não existem para vender o insucesso...
É pena que nem todos os políticos se comportem como gestores da sua própria marca. Se assim fosse, a comunicação política em Portugal era mais profissional, mais eficiente e menos dada a habilidosos que chutam com a cabeça e pensam com os pés.
Negócios de lado, não resisto a perguntar em público: em 2001, onde estavam os ideólogos e as musas inspiradoras do novo marketing de Moniz e deste PS 2010?
Por mim, ainda acho que a assinatura VIDA NOVA de Famalicão traduz e sintetiza o melhor conceito eleitoral alguma vez utilizado por cá.
Felicidades!, Senhor Presidente.

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